
Fruta típica da região, o tucumã, durante séculos consumido pelos povos da floresta, aos poucos foi chegando nos centros urbanos e hoje está cada vez mais presente na mesa, principalmente entre os amazonenses que o adota largamente não só como um dos seus principais acompanhamentos culinários, mas também como alimento in natura acompanhado de farinha de mandioca.
Em Manaus o tucumã é consumido como recheio de sanduíche e tapioca, ingredientes muito apreciados nos característicos “cafés regionais” que além de muitos outros petiscos à base de produtos amazônicos ainda oferece o “pão de forma de tucumã”. O “x-caboquinho”, invenção culinária do amazonense, é sanduíche à base de tucumã aquecido na chapa. Além de gostoso, é nutritivo e virou mania entre a população.
O fruto também serve de matéria-prima nas indústrias de sorvetes e patês. O tucumã inteiro ou em polpa fatiada é comercializado em feiras, mercados, supermercados, padarias e nas ruas da capital amazonense, no centro e periferia. Da polpa pode-se preparar o “vinho de tucumã”. Doces e compotas são outras formas de se degustar a fruta.
Ao ressaltar os poderes nutritivos do tucumã, a nutricionista Lúcia Yuyama, pesquisadora do Centro de Saúde do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), revelou que no momento há estudos, naquela instituição, com a idéia de buscar uma forma de utilizar o tucumã na merenda escolar. Segundo ela, isso será possível no caso das pesquisas constatarem que a absorção do beta-caroteno presente no fruto, pelo organismo humano, ser a mesma que ocorre com o uso da vitamina A sintética.
Ao ressaltar os poderes nutritivos do tucumã, a nutricionista Lúcia Yuyama, pesquisadora do Centro de Saúde do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), revelou que no momento há estudos, naquela instituição, com a idéia de buscar uma forma de utilizar o tucumã na merenda escolar. Segundo ela, isso será possível no caso das pesquisas constatarem que a absorção do beta-caroteno presente no fruto, pelo organismo humano, ser a mesma que ocorre com o uso da vitamina A sintética.
Produto da palmeira tucumanzeiro, o tucumã distribui-se na Amazônia em pelo menos mais duas espécies que juntas ao açu caracterizam-se por diferentes tamanhos, formatos, cores e constituintes nutricionais. “Tem tucumã que é travoso; outro tem muita fibra; um outro muito óleo; e aqueles extremamente saborosos”, ensina a pesquisadora Lúcia Yuyama.
As propriedades do tucumã, porém, não são apenas nutricionais. Das folhas da palmeira extrai-se uma fibra muito fina e forte com a qual se fazem redes, cestas, malhadeiras, redes de dormir e outros objetos de uso doméstico. Na comunidade Urucureá, em Santarém (PA), mulheres produzem cestarias em palha de tucumã. Os índios Apurinã, localizados entre Boca do Acre (AM) e Rio Branco (AC), fazem jóias tendo o caroço do tucumã como a principal matéria-prima. O artesanato regional, no geral, já adotou o tucumã como insumo para a sua produção de bijouterias e souvernirs.
FOTO: João Ramid
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